
Laguna vive e respira cultura, beleza e história. Por onde quer que você vá encontrará isso: do centenário, belo e preservado casario do Centro Histórico à misteriosa e enigmática Pedra do Frade que instiga pesquisadores, turistas e moradores na tentativa de entender como ela foi parar ai e naquela posição. Isso sem falar na visita ilustre das baleias francas, que vêm ao nosso litoral em busca de águas mais quentes para terem seus filhotes, e do extraordinário trabalho feito pelo botos (ou golfinhos), que ajudam os pescadores artesanais nos molhes da barra empurrando o cardume para a beira da água, onde os peixes são tarrafeados. Laguna é incrível e recheada encantos. Venha nos visitar!
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MAPA
Localize cada ponto turístico citado nesta página no mapa ao lado. Para facilitar pra você, eles estão com marcadores em vermelho, enquanto as praias estão em amarelo. Os pontos relacionados a transporte estão em verde: a balsa, o bote, a rodoviária e a principal entrada da cidade (pela BR-101). Clique neles para saber o nome. No canto superior esquerdo você encontra os botões para navegar pelo mapa (aproximar, afastar, se deslocar por ele...)

Casa de Anita
Foi nessa casa que Anita Garibaldi vestiu-se para o seu primeiro casamento, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. Foi construída em 1711 e atualmente funciona como museu, com um acervo que lembra a trajetória de Anita e seu inesquecível romance com Giuseppe Garibaldi. Guarda, além de móveis da época e utensílios pessoais, uma urna com a terra da sepultura da heroína e o mastro do navio “Seival”, uma das embarcações transportadas por Giuseppe Garibaldi desde o interior do Rio Grande do Sul tomada de Laguna. A edificação foi restaurada na década de 1970 e transformada em relicário histórico.

Casa Pinto D'Ulysséa
Foi construída pelo Tenente Coronel Joaquim José Pinto D‘Ulisséa, no ano de 1866. A casa é uma réplica de uma quinta portuguesa, toda revestida com azulejos trazidos de Portugal. Está localizada na Praça Lauro Müller, ao lado da Fonte da Carioca. Em 1982, foi restaurada pelo IPHAN e, atualmente, abriga uma loja de artesanatos locais.

Cine-Teatro Mussi
Foto: lagunista.com
O prédio foi edificado na década de 50, pela família Mussi. Teve como arquiteto Wolfgang Ludwig Rau. Sua pedra fundamental foi lançada em 30 de março de 1947. Foram 3 anos e 9 meses de construção, no estilo arquitetônico "art dêco". Inaugurado em 17 de dezembro de 1950 e abençoado pelo padre Gregório Warmeling, logo após, uma demonstração dos efeitos de sua iluminação, composta por 1.800 lâmpadas coloridas. A sessão inaugural teve o filme "A Valsa do Imperador".
Tem espaço para mil pessoas, distribuídos em dois andares, possuindo uma distância entre a cabine de projeção e a tela de cerca de 70 metros e 970 metros quadrados. Funcionou até 1992, quando fechou suas portas. Um certo tempo depois, serviu como templo da Igreja Universal do Reino de Deus e como Departamento Municipal de Cultura. No dia 27 de março de 2009 o IPHAN comprou o prédio por R$ 812 mil. A idéia é transformar o local num centro de eventos com cinema, estrutura para apresentações teatrais, dança e exposições. Até a entrega à comunidade, o Iphan irá administrar o espaço. Depois de tudo pronto será discutido quem deverá cuidar e fazer a manutenção do local.

Farol de Santa Marta
Localizado no cabo homônimo, foi projetado pelos franceses Barbier Bernard e Turenne, erguido com pedras, areia, barro e óleo de baleia e inaugurado em 11 de Junho de 1891. Numa altura de cerca de 45 metros acima do nivel do mar, o farol é uma das principais atrações turísticas de Laguna. Não se fala de Laguna sem lembrar dele (bem como de Anita Garibaldi, do Carnaval, entre outros). Com 29 metros de altura, é o maior da Américas e 3º maior do mundo em alcance. Por uma escada em caracol de 142 degraus, os faroleiros e turistas chegam ao topo do farol e, de lá, contemplam as belas praias do Farol, Cigana e Camacho. Durante o dia, a vista do alto do morro em que se localiza o farol é belíssima. A noite, a iluminação do Farol de Santa Marta também chama a atenção. O farol serve para guiar as embarcações para longe da famosa e perigosa Pedra ou Parcel do Campo Bom, lugar este que, mesmo assim, já levou muitos navios à pique. Seu alcance é de 46 milhas náuticas, o equivalente a 74 quilômetros.

Fonte da Carioca
Construída em 1863 por escravos, ampliada em 1906 e restaurada em 1990. Também conhecida como “Fonte dos Namorados”, fornece água mineral (de acordo com estudos recentes) para a população de Laguna. Diz-se que “aquele que bebe dessa água sempre retorna a Laguna”. A fonte conta com várias torneiras onde, ainda hoje, a população busca água para beber. O local é um importante ponto turístico da cidade. É quase uma “parada obrigatória” para os turistas.

Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos
Foto: Jack Christiaan - justsmiles.nl
Foi construída em 1696 por ordem do bandeirante e fundador de Laguna, Domingos de Brito Peixoto, a atual Igreja Matriz no início era apenas uma capelinha de pau a pique, que foi consagrada a Santo Antônio dos Anjos, padroeiro da cidade. Essa foi a primeira preocupação do desbravador, que era muito devoto do santo. O corpo da igreja foi edificado somente em 1735, em estilo barroco, com quatro altares laterais folheados a ouro. Santo Antônio “ocupa” o altar mor da Igreja, que foi entalhado em 1803. Após reformas em 2003 na reabertura, uma novidade: uma relíquia de Santo Antônio. É um pedaço da pele do santo, vindo da Itália. Além da relíquia, a igreja abriga também a famosa tela de Nossa Senhora da Conceição, do pintor Victor Meirelles. Ela foi criada em Roma, no ano de 1856.

Jardim Calheiros da Graça e a Árvore de Anita
Inaugurado em 1915, o Jardim Calheiros da Graça faz parte da Praça Vidal Ramos e é fruto do trabalho de José Guimarães Cabral e Ataliba Rollin, entre outros. O chafariz foi construído por Marcos Gazola. O local era cercado por grades para protegê-lo dos animais que andavam soltos. A praça Vidal Ramos foi inaugurada em 25 de abril de 1915 e compreende os jardins e as quatro ruas que circundam o local. Seu nome é uma homenagem a Vidal Ramos, antigo governador do Estado. Algumas das árvores do jardim foram trazidas, em porões de navios, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No decorrer do primeiro semestre do ano passado, o Jardim Calheiros da Graça passou por uma obra de revitalização. Nela, ele teve seu visual repaginado. Onde antes era terra, agora há calçada, o chafariz foi reativado, vegetação renovada, foram plantados pés de butiá, a planta símbolo de Laguna, etc. A inauguração coincidiu com a abertura da Festa de Santo Antônio, dia 1º de junho, e o custo da obra foi orçado em R$ 144 mil, com recursos do IPHAN. O jardim foi palco de muitos e muitos romances, olhares e paqueras

Marco do Tratado de Tordesilhas
Foto: Gê Cunha
Em maio de 1493 foi assinado o Bula Inter Coetera, que dividia o Novo Mundo (Américas) entre Espanha (oeste) e Portugal (leste). Porém, achando injusta a divisão de 100 léguas a partir do arquipélago de Cabo Verde, o Rei de Portugal, D. João II, protestou e conseguiu alargar a linha do tratado para 370 léguas em 7 de julho de 1494. A linha demarcatória passa ao sul aqui em Laguna e ao norte em Belém do Pará. Esse acordo ganho o nome de “Tratado de Tordesilhas” porque foi assinado na cidade de Tordesilhas, no norte da Espanha. O marco lagunense foi inaugurado em 1975.

Mercado Público e Docas
Além de ser um lugar de onde pode-se admirar uma das mais belas paisagens de Laguna, é uma referência para a comercialização de diversos produtos, em especial os frutos do mar. Do local é possível observar a beleza da Lagoa Santo Antônio dos Anjos e o belo pôr-do-sol.O atual mercado público já tem 52 anos: foi inaugurado em 1957, após um incêndio ter destruído o antigo em agosto de 1939. A antiga construção datava de 1897.O cais do porto Localizado às margens da Lagoa de Santo Antônio e ao lado do Mercado Público, no centro da cidade, o cais permite que pequenas embarcações e iates ancorem. Do cais (docas) podemos observar também um belo pôr-do-sol, e à noite, a lagoa iluminada pela pesca do camarão.

Molhes da Barra
Com cerca de um quilômetro de extensão, é onde as águas das lagoas e do Rio Tubarão encontram o mar. O local é frequentado não somente por pescadores, mas também por lagunenses e turistas, que admiram a bela paisagem. Dos molhes pode-se apreciar a pesca com auxilio dos botos, avistar baleias francas e a prática de surf. Na ponta de cada um dos molhes há um pequeno farol, um verde e o outro vermelho. A praia dos molhes é um local ideal para a pesca. É nela onde se embarca no bote para atravessar o canal da barra. Suas águas são calmas e bem frequentadas no verão.

Monumento a Anita Garibaldi
Foto: Ana Maria Bastos Milioli
A ideia de homenagear Anita com um monumento surgiu em 1955, quando o Clube 12 de Agosto, de Florianópolis, realizou um evento solene em homenagem aos 106 anos de morte da heroína. Enfrentando muitas dificuldades prosseguiram na arrecadação de fundos. O governador da época, Celso Ramos, apoiou o movimento com a abertura de um crédito especial para a confecção da estátua, do pedestal em granito, confecção de placas de bronze e o transporte da estátua de São Paulo para Laguna, onde foi fundido o bronze, além do transporte do maciço pedestal granítico de Curitiba para Laguna.
O projeto arquitetônico do monumento foi confiado a Antonio Caringi, escultor responsável por inúmeros monumentos, dentre eles o Laçador, que até hoje é ostentado na entrada de Porto Alegre. A estátua de Anita foi colocada sobre um bloco de granito rosa, com 2,2 metros de altura e que possui um local especial destinado a receber os restos mortais da heroína quando forem repatriados.
Antonio Caringi também esculpiu e fundiu em bronze as molduras decorativas que circundam o monumento, ilustrando acontecimentos épicos da vida da homenageada como o combate naval de 15 de novembro de 1839, seu encontro com Garibaldi na fonte, a heroica travessia do Rio Canoas, a fuga a cavalo para Lages e a despedida de sua mãe e irmã.
Assim, em 20 de setembro de 1964, data de comemoração de mais um aniversário da Revolução Farroupilha, Laguna assistiu à solene inauguração do Monumento a Anita, perpetuando, assim, a imagem mais conhecida da heroína, que, com postura de guerreira intrépida e com arma em descanso na mão direita e a outra acima de sua cabeça, conclama e incita todos à luta contra o centralismo, o despotismo e pela libertação de sua terra.

Monumento ao Trabalhador
Situado entre os bairros Magalhães e Mar Grosso, na rótula de entrada ao Porto lagunense, está erguido o imponente Monumento ao Trabalhador. Foi uma homenagem ao presidente Getúlio Vargas, que havia assinado em 16 de setembro de 1939, através do Decreto nº 11.676, a criação do Porto Carvoeiro da Laguna. O grandioso monumento tem 11,50m de altura e sua construção foi iniciada em 1943, com apoio financeiro de municípios vizinhos. As pedras usadas no monumento foram extraídas da Praia do Iró, pela empresa de prestação de serviços de Íris Luz. As estátuas, trabalhadas pelo artista Hildegardo Leão Veloso, em bronze, mostram homens seminus dedicando toda a sua força e vigor ao trabalho.

Morro da Glória
Foto: Elvis Palma
Com seus 126 metros de altura, o Morro da Glória é o ponto mais alto de Laguna. Do local é possível avistar boa parte da cidade: praias, lagoas, bairros, etc. No alto do morro está edificada a imagem de Nossa Senhora da Glória. O monumento foi idealizado pelo padre Gregório Warmeling e construído pelo casal alemão Alfredo Staege e Elisa Faccio Staege, em 1953. Possui 14 metros de altura: a imagem tem oito, o pedestal quatro e as nuvens em gesso branco dois metros. A distância entre os braços abertos é de 4,50 metros. Muitos fiéis fixam placas de agradecimento aos pés da imagem após alcançarem graças.

Museu Anita Garibaldi
Foto: Filipe Pereira Euclides
O prédio foi erguido em 1747, sediando a Cadeia, no térreo, e a Câmara Legislativa Municipal, no segundo piso. É uma construção típica de cidades do período colonial, como as existentes em São Francisco do Sul e Florianópolis. Lá, no ano de 1839, foi proclamada a República Juliana, quando Santa Catarina tornou-se independente do regime monárquico por quatro meses e virou a capital da república. O museu possui um acervo de armas do período, como lanças, baionetas, espadas, punhais e canhões, e peças mais recentes da 1ª e 2ª Guerra Mundiais.

Pedra do Frade
Localizada na extremidade da Praia do Gi, desafia a lei da gravidade ao sustentar-se sobre poucos pontos de apoio em uma superfície inclinada. Essa formação rochosa de nove metros de altura e cinco metros de diâmetro recebeu o nome pela semelhança com um padre franciscano. Estudiosos relatam duas histórias sobre o monumento: a primeira diz que a Pedra do Frade foi colocada estrategicamente pelos índios pré-históricos que habitavam a região, há mais de 3 mil anos. A outra, mais conhecida, aponta a Pedra do Frade como o marco inicial do Tratado de Tordesilhas, acordo assinado entre Portugal e Espanha, em 1494. Há ainda a teses mais extraordinárias que afirmam que ali há presença extra-terrestre e que é possível sentir uma energia fora do normal.