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A história da festa

 

     A Festa de Santo Antônio dos Anjos teve início na época colonial. As primeiras festas eram apenas procissões no dia do padroeiro, 13 de junho, onde os fiéis reuniam-se na igreja e saíam com a imagem em procissão para abençoar a vila. Por volta de 1912, começaram a existir as barraquinhas de comércio, que durante os treze dias da festa eram montadas na praça da Matriz (Jardim Calheiros da Graça). Até hoje elas são montadas, mas agora no Centro Cultural e Social Santo Antônio dos Anjos, ao lado da Matriz.
     A festa inicia-se no dia 1º de junho e, dependendo do ano, vai até os dias 13 ou 15. Para a festa são convidados festeiros, que são casais responsáveis pelo planejamento e andamento da festa. Uma das características é que nunca são convidados marido e mulher (devido ao gasto de dinheiro e tempo da família). Na última trezena, são conhecidos os novos festeiros, que são escolhidos pelas pessoas ligadas à igreja, em segredo, sendo somente revelado no último dia no final da celebração. Atualmente são 7 casais de festeiros.
     A retirada da imagem do altar para a procissão e a festa é cercada de muita pompa e tradição. A mesma pesa em torno de 250 kg, e precisa sair sobre duas pranchas de madeira com muito cuidado. Em seguida, é colocada sob o andor e limpa pelos irmãos e alguns fiéis. O menino Jesus que se encontra sobre o livro que está na mão do Santo Antônio é retirado para que seja limpo e suas vestes substituídas. Seu esplendor e cruz também são tirados para serem limpos.
   A fita vermelha que sustenta o crucifixo é substituída, e a antiga é cortada e distribuída entre os festeiros e fiéis. Também é substituído o crucifixo, pois o original somente é colocado na imagem por ocasião da festa. É cravejado de pedras e é guardado em cofre por medida de segurança. Após toda a preparação da imagem, a mesma é posta sobre o andor e colocada em um lugar de destaque onde permanecerá até o final da festa.
    Nos dias de festa acontece a trezena de Santo Antônio, uma celebração litúrgica onde em um dado momento a ladainha em latim é cantada pelo Coral Santo Antônio e pelo pároco. Nessa celebração também há a presença dos festeiros e pajens, que no início recepcionam os fiéis, e de um convidado que falará sobre alguma passagem da vida de Santo Antônio. Enquanto as pessoas chegam para a trezena recebem os famosos pães de Santo Antônio, que são abençoados junto com as lembranças da festa no meio da celebração. Mais para o final da trezena é retirado do sacrário o Santíssimo Sacramento para ser incensado e abençoar o povo em uma pequena procissão pela igreja.
‹    Após cada celebração começa a parte cultural da festa, com os shows e apresentações artísticas no espaço ao lado da Matriz e no Centro Cultural. Também é destaque a parte gastronômica, com a venda de pinhão, quentão, churrasco, cachorro quente e etc.
      No sábado mais próximo do dia treze acontece a Transladação da imagem do Santo Antônio, que num ano sai do bairro Magalhães e outro do Progresso, em procissão a pé pelas principais ruas da cidade em direção à Igreja Matriz, acompanhada pelas duas bandas da cidade: União dos Artistas e Carlos Gomes. Durante este trajeto é comum o cortejo da imagem ser saudado com muitos fogos de artifício dos moradores das ruas por onde a procissão passa. Com a chegada na matriz acontece a grande queima de fogos organizada pelos festeiros. A transladação é quase sempre acompanhada pelo governador do estado e sua comitiva.
     No dia 13 de junho, que é feriado municipal, acontece uma missa festiva í s 10 horas, onde serão empossados os novos irmãos da Irmandade. Na parte da tarde acontece a procissão no Centro Histórico, onde a imagem percorre algumas ruas e se vira para as casas dos irmãos enfermos e para aquelas que lhe saúdam com fogos de artifício.
      Na tarde do domingo após a transladação acontece a procissão motorizada, que sai da Matriz e costuma ir até o bairro Portinho e depois até o Mar Grosso, passando por Progresso, Centro e Magalhães, retornando para Matriz com a bênção dos carros e distribuição de lembranças.
    Uma das grandes responsáveis pela festa de Santo Antônio é a sua Irmandade, fundada em 13 de junho de 1753. Nas últimas décadas a tradicional festa religiosa vem superando as demais. A cada 13 de junho a Festa do padroeiro atrai católicos de toda parte. As ruas tornam-se pequenas para os milhares de fiéis que acompanham a imagem na transladação e procissão de Santo Antônio, que também são famosas pela queima de fogos. Os lagunenses ausentes da cidade procuram sua terra natal durante os festejos que começam em 1º de junho com as trezenas cantadas pelo coral e orquestra.
      Algo curioso sobre a imagem de Santo Antônio é seu rosto, considerado enigmático por muitos: às vezes sua expressão parece triste, enquanto outras vezes está alegre. Além disso, torna-se excessivamente pesada quando o santo está contrariado ou espantosamente leve quando satisfeito. Sejam verdade ou não, essas histórias rondam o imaginário do povo lagunense há gerações. Enfim, a Festa de Santo Antônio é palco de muitas emoções, principalmente quando de sua entrada triunfal na Igreja.

 

*O texto acima é uma adaptação de uma pesquisa de Mirella de Jesus Honorato, Soeli Regina Huk e alunos do curso de Turismo para a festa de 2006.

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